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Cirurgia de Cabeça
e Pescoço

A especialidade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço é responsável por diagnosticar e tratar os tumores benignos e malignos que se desenvolvem na região da face: cavidade oral, incluindo a nasofaringe, orofaringe e hipofaringe, fossas nasais, seios paranasais, boca, faringe, laringe, tireoide, glândulas salivares, tecidos moles do pescoço, paratireoide, base de crânio e tumores do couro cabeludo, exceto os tumores ou doenças do sistema nervoso central e coluna cervical.

Cirurgia Oncológica

O conceito de cirurgia consiste na remoção do local afetado pela doença. Antigamente o procedimento deixava sequelas e dores no paciente, pois além do câncer eram retiradas estruturas próximas que implicavam na qualidade de vida. Felizmente vieram as evoluções tecnológicas e o aprimoramento técnico que permitiram cirurgias minimamente invasivas e melhores resultados para um significativo número de pacientes.

 

A cirurgia também pode ser utilizada no diagnóstico, para a realização de biópsia – técnica que tem a melhor assertividade para identificar um tumor, desde a classificação como benigno ou maligno até o seu estadiamento, ou seja, o grau de crescimento da doença.

Durante o tratamento, a cirurgia pode ser a única técnica indicada ou pode ser combinada com outras formas como a quimioterapia, radioterapia, imunoterapia. Essas opções são definidas de acordo com as características do câncer e o perfil do paciente. O tratamento do câncer evoluiu de forma a chegarmos na oncologia de precisão, ou seja, a individualização do tratamento para cada paciente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cirurgia Oncológica de Cabeça e Pescoço

Atualmente o tratamento do câncer de cabeça e pescoço é geralmente composto por um quadripé: cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. A cirurgia é o tratamento utilizado em aproximadamente 60% dos casos. 

O cirurgião oncologista conhece a fundo as peculiaridades do câncer, tem uma experiência ampla no manejo da doença e consegue ter uma visão multidisciplinar para estabelecer o planejamento terapêutico de forma global e individualizada.

Técnicas da Cirurgia Oncológica de Cabeça e Pescoço

As técnicas utilizadas são:

  • Excisão: Nome técnico para o procedimento de “retirada do tumor”. Nesse caso, o tumor é removido com tecidos vizinhos, isto é, margens de segurança;

  • Dissecção ou esvaziamento linfonodal: se houver suspeita do câncer ter se espalhado, o médico pode também remover os gânglios linfáticos na região do pescoço. A dissecção linfonodal é geralmente feita junto com a excisão;

  • Endoscópica com ou sem Laser: Pode ser utilizado em tumores em estágio inicial, principalmente os da laringe;

  • Robótica: Pode ser usada em tumores da orofaringe, laringe supraglótica, e em alguns tumores do pescoço;

 

Os nomes dos procedimentos cirúrgicos variam conforme o local onde é feita a cirurgia. Por exemplo: a Tireoidectomia é a retirada da glândula tireoide; já na laringectomia se remove a laringe. A cirurgia pode ser total (todo o órgão é removido) ou parcial (parte do órgão é preservada).

Cirurgia Robótica

A cirurgia robótica é um procedimento inovador no tratamento do câncer de cabeça e pescoço.

Criada na década de 1980, na Inglaterra, essa tecnologia permite a remoção de tumores de maneira minimamente invasiva, com menos efeitos colaterais ao paciente. A técnica chegou ao Brasil em 2008 e de lá pra cá já foram realizados mais de 10 mil procedimentos (a maior parte deles realizadas por urologistas para tratamento de câncer de próstata).

A cirurgia é realizada por meio de um robô. Os cirurgiões controlam os movimentos do robô por meio de um console (semelhante ao joystick de um videogame). Nos braços mecânicos do robô  há um aparelho endoscópico e instrumentos cirúrgicos, que podem entrar em regiões de difícil acesso e realizar movimentos de alta precisão, como giros de 360 graus, difíceis  de serem feitos pela mão humana.

O paciente elegível para cirurgia robótica é beneficiado com uma cirurgia menos invasiva, mais precisa e  rápida.  Um exemplo é o câncer de orofaringe e laringe (da parte acima das cordas vocais), no qual antes era necessário uma mandibulotomia e com o alto grau de alcance do robô, o tumor pode ser alcançado preservando a mandíbula, ou a retirada da laringe com grande incisão no pescoço.

Para alguns diferentes tumores do pescoço também é possível utilizar o robô cirúrgico, entre eles os de glândulas salivares e de tireoide.

A cirurgia robótica é uma técnica de alta complexidade, por isso a presença de um cirurgião experiente e certificado é necessária, o manuseio exige um treinamento específico.

Benefícios

O uso da cirurgia robótica no tratamento do câncer de cabeça e pescoço traz vários benefícios aos pacientes, como:

• Maior grau de segurança e precisão

• Menor tempo de cirurgia e de internação hospitalar

• Menor taxa de transfusão sanguínea

• Redução de complicações pós-cirúrgicas

e de uso de medicações analgésicas.

• Menor tempo de recuperação para o paciente.

• Menor índice de tratamentos complementares

 

Pós-Tratamento

Após a cirurgia robótica, o paciente pode retornar às suas atividades diárias mais rapidamente. Com menos complicações, diminui também a necessidade de reparações, pois a pele e os tecidos das áreas próximas ao tumor, geralmente, são preservados.

 

Caso haja algum efeito colateral em funções como a fala, deglutição (ato de engolir os alimentos) ou mesmo na aparência, a cirurgia reconstrutora poderá ser feita para resolver esses quadros.

Cirurgia de Reconstrução

Uma modalidade fundamental no tratamento do câncer de cabeça e pescoço é a cirurgia de reconstrução. Se foi preciso remover parte da pele, por exemplo, é possível colocar um enxerto ou um tecido artificial para reconstruir o local. Esse procedimento também pode ser feito caso se retire a mandíbula, faringe ou língua, por exemplo.

A cirurgia de reconstrução envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgião plástico, e tem como objetivo não somente restaurar a aparência do paciente, mas também funções que possam ter sido afetadas durante a cirurgia inicial, como a fala ou mesmo a deglutição (ato de engolir os alimentos).  

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