Diante do espelho, ao abrir a boca, você consegue ver uma bolinha na região da garganta. Será que é algo grave? Nódulos nessa região podem ser benignos, mas, por outro lado, há risco de ser um sintoma de câncer de garganta.
Nessa situação, o mais indicado é buscar a avaliação de um cirurgião de cabeça e pescoço ou de um otorrinolaringologista para ter um diagnóstico assertivo sobre esse quadro. Caso seja um câncer, quanto mais cedo for diagnosticado e iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura.
Tumores malignos localizados na garganta recebem o nome de câncer de orofaringe. Essa região inclui a base da língua, o palato mole, a úvula (sininho da garganta), as amígdalas, os pilares amigdalianos, as paredes laterais e posteriores da garganta.
Quais são os sinais do câncer de garganta?
Entre os principais sinais de alerta para câncer de orofaringe estão:
dificuldade para engolir
engasgos frequentes
presença de lesões esbranquiçadas ou avermelhadas no interior da boca e nas amígdalas por mais de três semanas
ínguas no pescoço persistentes, também por período superior a três semanas;
tosse frequente;
alterações na voz, como rouquidão por exemplo
dor de ouvido
perda de peso
dificuldade para respirar
Esses sintomas não são exclusivos do câncer de garganta. Ao contrário, podem indicar uma doença benigna, mas somente um médico poderá confirmar ou excluir o diagnóstico.
Mas por que o câncer de garganta se desenvolve?
Há fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de orofaringe e você pode evitá-los. Um deles é o tabagismo. Todas as formas de consumo de tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, narguilé, entre outras) levam substâncias tóxicas para a garganta, aumentando o risco de desenvolver câncer. Se além de fumar, a pessoa ingerir bebida alcoólica, o risco é maior ainda.
O câncer de orofaringe também está relacionado à infecção pelo HPV (papilomavírus humano) cuja transmissão pode ocorrer por meio da prática sexual sem proteção, em especial sexo oral. Nesse aspecto, é fundamental aderir sempre ao uso de preservativo durante a prática sexual e tomar a vacina contra o vírus HPV.
O imunizante está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares. No caso do SUS, a vacina está acessível a meninas e meninos de 9 a 14 anos; pessoas transplantadas; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia; pessoas vivendo com HIV/Aids; e vítimas de violência sexual.