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Mitos e Verdades sobre o Câncer de Cabeça e Pescoço

Em tempos de redes sociais pode surgir um excesso de informações sobre diversos assuntos – e gerar dúvidas sobre o que é ou não a realidade. E isso não é diferente quando falamos sobre o câncer de cabeça e pescoço.





Ter dúvidas sobre os fatores de risco dessa doença é comum, afinal, por mais que as campanhas de saúde avisem do perigo do tabagismo para aumentar o risco do desenvolvimento de um tumor na boca ou garganta, outras causas também podem estar conectadas em menor ou maior escala. Dúvidas também podem surgir durante ou após o tratamento de um câncer de laringe, por exemplo. Por isso, separamos 6 mitos e verdades comuns sobre o câncer de cabeça e pescoço:


Se parar de fumar, é impossível eu ter um câncer na boca ou garganta?


Mito. Evitar o tabagismo reduz as chances de um câncer na boca e garganta – e quanto mais tempo sem fumar, maiores as possibilidades de se prevenir. No entanto, fumar não é o único fator de risco para o desenvolvimento da doença. Existem outras condições, como o consumo excessivo de bebida alcóolica e a contaminação pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano) que podem contribuir para o surgimento de um tumor na boca ou garganta.


Próteses dentárias podem causar câncer?


Mito. Não há evidências científicas que indiquem uma ligação direta entre as próteses dentárias e o câncer na boca. Segundo pesquisas, não há diferenças significativas entre quem utiliza esse implante e quem não faz uso na incidência de tumores.

No entanto, é importante estar atento a dois pontos: à higienização dessas próteses, pois há casos de câncer de boca devido ao acúmulo de bactérias no implante; e a possíveis lesões causadas por próteses soltas ou mal encaixadas dentro da boca. Essas lesões, se constantes, podem causar um traumatismo crônico e aumentar o risco de um câncer.


Bebida quente pode ser um fator de risco para o câncer de cabeça e pescoço?


Verdade. O risco de câncer de boca e garganta (e também no esôfago) aumenta com o consumo frequente de bebidas muito quentes, com temperaturas acima dos 65 ºC. O costume das pessoas é de ingerir bebidas menos quentes e abaixo dessa faixa de temperatura, mas fica o alerta especialmente para evitar de consumir um café ou chá logo após ferver a água.


Enxaguante bucal pode aumentar o risco de desenvolver o câncer de cabeça e pescoço?


Verdade. Os enxaguantes bucais que contêm álcool podem estar ligados a um maior risco de desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço, principalmente na boca, faringe e laringe. Essa causa pode estar ligada principalmente a casos de pessoas que fazem o uso frequente e em longo prazo do enxaguante bucal com álcool, pois o produto pode eliminar bactérias que protegem a boca da proliferação de substâncias prejudicais à saúde – como as que podem causar um câncer.


O paciente irá deixar de falar se tiver a laringe removida?


Mito. O paciente submetido a um procedimento de laringectomia (cirurgia que remove o órgão) também perde as cordas vocais – e, provisoriamente, sua voz. Entretanto, é possível aprender formas diferentes de se comunicar. Podem ser utilizados desde aparelhos como a prótese traqueoesofágica e a eletrolaringe, como a técnica de voz esofágica, que utiliza justamente o esôfago para produzir o som.


A alimentação pode influenciar no risco de câncer de cabeça e pescoço?


Verdade. É possível aumentar as chances de se prevenir do câncer com uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e cereais e que evita o consumo de ultraprocessados e embutidos. Apesar do câncer de cabeça e pescoço não ter uma relação direta com o consumo exagerado de carne vermelha (como o câncer colorretal, por exemplo), uma dieta balanceada pode colaborar na melhora da saúde do organismo para a prevenção ou, em caso de um paciente que foi diagnosticado com o câncer, no quadro de saúde durante o tratamento.

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