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Quando fazer o ultrassom da tireoide?

  • daniellezanandre
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

O ultrassom de tireoide é um exame muito eficiente para revelar a presença de nódulos nessa glândula. No entanto, não deve ser realizado indiscriminadamente, como rotina, sem uma indicação precisa. O motivo é que por ser muito sensível, o ultrassom acaba revelando nódulos muito pequenos que, mesmo que alguns possam ser tumores, não trazem risco naquele momento para a saúde do paciente. Esse é o fenômeno do superdiagnóstico.


ultrassom tireoide

Nos últimos anos, o ultrassom da tireoide tem se tornado cada vez mais comum na rotina de exames, especialmente entre as mulheres,  porque, em geral, costuma ser solicitada pelos ginecologistas no check-up anual.  Ao adotar esse protocolo, o objetivo é  detectar precocemente um possível câncer de tireoide.  Mas será que esse é o melhor caminho?

 

Na realidade, apesar de bem-intencionada, essa prática acaba levando a um fenômeno conhecido como superdiagnóstico, que traz mais riscos do que benefícios para os pacientes e, também, para o setor da saúde, seja público ou privado, com a realização de procedimentos que se traduzem má gestão de recursos.

 

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que não se trata de desqualificar a ultrassonografia. Ao contrário, entre os exames de imagem, a ultrassonografia é o melhor procedimento para identificar nódulos na tireoide. Além disso, é um exame relativamente fácil de ser realizado, não invasivo e acessível. Ocorre que a solicitação desse exame em check-ups de rotina, mesmo quando o paciente não apresenta qualquer sintoma que leve a uma suspeita de câncer de tireoide, não é a melhor indicação.

 

Ultrassom da tireoide: superdiagnóstico para câncer?


O ultrasom é um exame bastante sensível, capaz de detectar nódulos bem pequenos. A maioria desses nódulos é benigna, ou seja, não vai causar qualquer problema de saúde para o paciente. Mas,  entre esses pequenos achados da ultrassonografia,  também estarão tumores que, apesar de malignos, são tão pequenos e indolentes, que nem sempre precisariam ser tratados, podendo-se recomendar a vigilância ativa. É nesse ponto que acontece o superdiagnóstico.

 

Diante de um tumor, mesmo que muito pequeno, o paciente acaba sendo submetido a biópsias para confirmar se aquele pequeno nódulo é um câncer. Em caso afirmativo, mesmo que o médico recomende como melhor opção a vigilância ativa que é o acompanhamento da evolução desse tumor por meio de exames clínicos e de imagem periódicos, sem qualquer interferência, nem sempre o paciente consegue emocionalmente conviver com a presença do tumor.

 

 Com isso, indica-se o tratamento que, em geral, é cirúrgico. A cirurgia da tireoide elimina aquele câncer que, provavelmente, nunca chegaria a prejudicar o paciente, e pode, ainda, causar alguns efeitos, entre eles o hipotireoidismo (quando a tireoide não produz a quantidade suficiente de hormônio), obrigando o paciente a tomar hormônios da tireoide por toda a vida.

 

Quando fazer o ultrassom da tireoide


A orientação correta é avaliar clinicamente o paciente, ouvindo suas queixas, histórico familiar, palpar a região em busca de possíveis nódulos na tireoide e somente indicar a ultrassonografia em caso de achados suspeitos nesse exame clínico. Essa estratégia evita o superdiagnóstico e consequentemente tratamentos, preservando a saúde do paciente.

 

É por essa razão que as principais sociedades médicas defendem que não há beneficio em adotar o rastreamento de câncer de tireoide por meio da ultrassonografia como forma de prevenção ou diagnóstico precoce. Até porque as pesquisas realizadas até o momento mostram que não há qualquer beneficio para o paciente na detecção e tratamento de tumores muito pequenos em relação ao prognóstico. Ou seja, não faz diferença em iniciar o tratamento quando o tumor está abaixo ou acima de 1 cm, por exemplo. Vale destacar que a maioria dos cânceres de tireoide costuma ser do tipo papilífero, uma doença com taxa de cura superior a 90%.

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