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Revisão aborda potencial terapêutico e barreiras clínica do uso de CAR-T em carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço

  • daniellezanandre
  • 26 de mai.
  • 3 min de leitura

As células CAR-T, projetadas geneticamente para reconhecer antígenos tumorais específicos, demonstraram eficácia significativa em modelos pré-clínicos de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço.


Dr. Luiz Paulo Kowalski

Entre os alvos mais promissores estão proteínas como EGFR, CD70, MUC1 e CD98hc. A revisão sistemática intitulada Advances and challenges in CAR-T cell therapy for head and neck squamous cell carcinoma, publicada em abril de 2025 na revista Biomarker Research destaca ensaios em laboratório que revelaram que células CAR-T direcionadas ao EGFR, por exemplo, conseguiram destruir mais de 50% das células tumorais em culturas celulares, demonstrando forte atividade citotóxica, ou seja, que é um tratamento efetivo em matar células doentes ou impedir sua proliferação.


No trabalho, de autoria de pesquisadores de instituições da Itália, Irã e Armênia, os pesquisadores ponderam que, embora promissora, a aplicação clínica da terapia com células CAR-T em tumores sólidos como o carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, ainda enfrenta desafios substanciais — incluindo heterogeneidade tumoral, supressão imunológica pelo microambiente tumoral e toxicidades associadas.

 

Para chegar aos resultados, os autores examinaram dados de estudos pré-clínicos, ensaios clínicos em andamento e estratégias inovadoras. A abordagem incluiu a análise de antígenos tumorais, barreiras imunológicas, efeitos adversos como síndrome de liberação de citocinas, e metodologias de entrega (incluindo injeção intratumoral). “Os dados apontam para evidências de que pesquisas clínicas e inovação tecnológica podem contribuir para a terapia CAR-T vir a ser futuramente integrada ao arsenal terapêutico contra cânceres sólidos, com segurança e eficácia, mas ainda não se tem dados para utilização em pacientes com câncer de cabeça e pescoço”, analisa o cirurgião oncológico Dr. Luiz Paulo Kowalski. 

 

Cenário atual

 

O carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECCP) permanece entre as neoplasias malignas mais agressivas, com opções de tratamento limitadas, especialmente em casos recorrentes e metastáticos. Apesar dos avanços em cirurgia, radioterapia, quimioterapia e inibidores de checkpoint imunológico, as taxas de sobrevida permanecem abaixo de 70% devido à heterogeneidade do tumor, evasão imunológica e resistência ao tratamento. Nos últimos anos, a terapia com células T do Receptor de Antígeno Quimérico (CAR) revolucionou o tratamento do câncer hematológico, modificando geneticamente as células T para atingir antígenos tumorais específicos, como CD19, CD70, BCMA, EGFR e HER2, levando a altas taxas de remissão.


Seu sucesso é atribuído ao reconhecimento preciso de antígenos, à resposta imune sustentada e à memória imunológica de longo prazo, embora desafios como a síndrome de liberação de citocinas e a perda de antígenos permaneçam. Notavelmente, sua tradução para tumores sólidos, incluindo o carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (HNSCC), enfrenta desafios significativos, como imunossupressão induzida pelo microambiente tumoral (TME), heterogeneidade de antígenos e infiltração limitada de células T CAR.  


Notavelmente, terapias combinadas integrando células T CAR com inibidores de checkpoint imunológico (por exemplo, bloqueio de PD-1/CTLA-4) e desenhos de células T CAR resistentes a TGF-β estão sendo exploradas para aprimorar os resultados terapêuticos. Esta revisão teve como objetivo elucidar o panorama atual da terapia com células T CAR no carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (HNSCC), explorando seus mecanismos, antígenos-alvo, desafios, estratégias emergentes e potencial terapêutico futuro. Os autores acreditam que, ao abordar esses desafios e aproveitar todo o potencial da tecnologia CAR-T, a área está pronta para transformar o cenário de tratamento de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e outros tumores sólidos, podendo em algum tempo oferecer uma esperança renovada a pacientes com doença refratária e metastática.



Referência do estudo

 

Saeidpour Masouleh S, Nasiri K, Ostovar Ravari A, Saligheh Rad M, Kiani K, Sharifi Sultani A, Nejati ST, Nabi Afjadi M. Advances and challenges in CAR-T cell therapy for head and neck squamous cell carcinoma. Biomark Res. 2025 May 1;13(1):69. 

 

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