O câncer de tireoide é o tipo de tumor maligno mais prevalente na região da cabeça e pescoço. Entre as mulheres brasileiras é o quinto tipo mais comum (excluindo os de pele não-melanoma), segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Confira aqui seis mitos e verdades sobre o câncer de tireoide para esclarecer suas dúvidas:
Nódulo na tireoide é sinal de câncer?
Mito. Apesar do principal sintoma do câncer de tireoide ser a presença de um nódulo no local, em 95% dos casos esse nódulo é benigno, ou seja, não é um câncer.
Independentemente disso, é muito importante a avaliação de um especialista quando um nódulo na região for percebido. Pacientes com histórico familiar de câncer na tireoide ou com nódulos que apresentam crescimento rápido devem ter ainda mais atenção. Outros sinais associados ao câncer de tireoide são: rouquidão, sensação de falta de ar e dificuldade em engolir alimentos.
O câncer de tireoide pode não manifestar sintomas ou sinais?
Verdade. Principalmente no estágio inicial, o câncer de tireoide pode ser assintomático e não apresentar sinais. Alguns pacientes têm o diagnóstico de um nódulo assintomático em exames de imagem feitos para pesquisa de outras doenças. Não existem recomendações com suporte científico para realização de exames preventivos.
Câncer de tireoide só ocorre após os 50 anos?
Mito. O câncer de tireoide pode se desenvolver em adultos mais jovens ou até mesmo em crianças e adolescentes. Inclusive, segundo estatísticas, cerca de 2/3 dos casos são diagnosticados em pessoas com idade entre 20 e 55 anos. Um fator de risco que pode ser ligado à incidência do câncer de tireoide em pacientes mais jovens é o histórico familiar: quando há vários casos da doença na família, pode ser que haja uma síndrome hereditária que aumenta a probabilidade de desenvolvimento de um tumor na tireoide.
Câncer de tireoide só ocorre em mulheres?
Mito. Apesar do câncer de tireoide ser mais comum entre as mulheres, a doença também atinge os homens. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos por ano é de 13.780 pessoas; dos quais 1.830 dos diagnósticos serão em homens e 11.950 em mulheres.
Se alguém na família teve câncer de tireoide, isso aumenta o risco?
Verdade. O histórico familiar pode ser associado a cerca de 5% dos casos de carcinoma papilífero e 30% dos casos de carcinoma medular. Nesses casos pode haver mais de uma pessoa da família diagnosticada com a doença. Isso ocorre pela presença de uma mutação genética - no caso do carcinoma medular de tireoide, observa-se mutação no gene RET. Para essas famílias é recomendável consultar um especialista e realizar exames de rastreamento para descartar qualquer suspeita de mutação genética. Caso seja diagnosticada a mutação, é importante incluir exames diagnóstico e realizar o tratamento cirúrgico.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo podem causar câncer de tireoide?
Mito. Condições da glândula tireoide como hipertireoidismo (produção em excesso de hormônios) e hipotireoidismo (queda no nível de hormônios produzidos) não têm associação com o câncer de tireoide. Somente cerca de 1 em cada 5 casos de câncer de tireoide ocorre em pacientes que haviam manifestado anteriormente alguma condição ou doença na glândula.