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Reposição hormonal após o tratamento cirúrgico do câncer de tireoide: quais cuidados são necessários

A cirurgia para a retirada da tireoide é uma das opções mais comuns para o tratamento de um câncer na tireoide. O procedimento, chamado de tireoidectomia, faz a remoção parcial ou total da tireoide, órgão responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina) – fundamentais para controlar o metabolismo do corpo e ajudar a regular órgãos como coração, cérebro, fígado e rins.




Geralmente, após a cirurgia da tireoide, os pacientes precisam fazer a terapia de reposição hormonal, que além de normalizar as taxas desses hormônios no organismo, reduz os riscos de recidiva do câncer (quando a doença volta a aparecer mesmo após o tratamento).


A queda da produção do T3 e T4, chamada de hipotireoidismo, pode também ocorrer em razão de inflamações (tireoidites) ou pelo aumento de volume da tireoide (bócio).

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é de 13.780 novos casos de câncer de tireoide a cada ano no Brasil, com uma incidência três vezes maior nas mulheres em comparação aos homens.


Quando é realizada a reposição hormonal

A reposição hormonal poderá ser realizada imediatamente após a tireoidectomia ou alguns dias após o procedimento. Nem sempre é necessário que a reposição seja feita imediatamente, pois o nível de levotiroxina demora a cair na circulação sanguínea. É muito importante o acompanhamento médico para avaliar qual é o momento mais indicado para o início da reposição hormonal.


Como é feita a reposição hormonal

A forma mais comum de reposição hormonal é por meio da ingestão oral da levotiroxina (T4) sintética uma vez ao dia. A dosagem e o tempo de duração do tratamento são definidos de acordo com as condições de cada paciente, associada a análise de exames laboratoriais.


Restrições que existem sobre a reposição hormonal

A reposição é obrigatória para todos os pacientes submetidos a tireoidectomia total, mas podem existir pacientes com restrições em relação à dose do medicamento utilizado. Por isso, a reposição deve ser cuidadosamente acompanhada em pessoas com suspeita de doença isquêmica do coração (enfermidade que pode comprometer a circulação sanguínea).


Efeitos colaterais da reposição hormonal

A reposição hormonal costuma não causar reações adversas no paciente, mesmo em doses mais altas em curto prazo. Porém, o excesso desses hormônios, em longo prazo, pode causar efeitos como batimentos cardíacos irregulares ou quadros como osteoporose. Por isso, os médicos e especialistas evitam a indicação de altas doses de reposição hormonal da tireoide, exceto em casos de alto risco de recorrência de um câncer no órgão.



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