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Câncer e hipertensão arterial: existe relação entre as duas doenças?

Doenças bem diferentes, mas que podem ter pontos em comum. A hipertensão arterial é relacionada a condições cardiovasculares que, geralmente, não representam um maior risco de desenvolver um câncer. Já a detecção de um tumor não apresenta diretamente uma chance maior de se ter hipertensão, mas durante o tratamento deve haver uma atenção para evitar a indução do aumento da pressão arterial.


Entenda o que é cada condição e como cada uma pode influenciar no risco de desenvolvimento da outra.


O que é a hipertensão arterial?


A hipertensão arterial, que costuma ser chamada popularmente de pressão alta, é uma doença que ataca o sistema circulatório, como o coração e os vasos sanguíneos, além de partes do corpo como cérebro, olhos e rins. O principal fator de risco da doença é a hereditariedade (ou seja, a transmissão de pais para filhos), mas existem também outras causas, como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, sedentarismo, estresse, má alimentação e alto nível de colesterol.


Entre os sintomas dessa condição, ocorre dor de cabeça ou no peito, tonturas, fraqueza, visão embaçada, zumbido no ouvido e sangramento nasal. A hipertensão arterial é considerada como o principal fator de risco para outras doenças cardiovasculares mais graves, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC), que somadas são a principal causa de mortalidade no mundo.


Se você chegou em nosso site por meio desse texto e quer saber mais sobre câncer, acesse nossa página sobre a doença e navegue pela seção de notícias.



Hipertensão pode ser um fator de risco para o câncer?


A hipertensão arterial não costuma ser considerada um fator de risco para o câncer, mas, segundo alguns estudos, a condição é observada em casos de tumores nos rins e em partes da cabeça e pescoço, como boca e laringe.


Essa relação pode ocorrer por causa das doenças terem fatores de risco em comum. Ambas, por exemplo, podem ocorrer em pessoas que tem o hábito do tabagismo. Com uma causa em comum, há a possibilidade desse indivíduo desenvolver tanto a hipertensão arterial quanto algum tipo de câncer. Outros fatores comuns podem ser obesidade, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, sedentarismo e inflamações no corpo.


Curiosamente, o coração, órgão vital do sistema cardiovascular, é muito pouco afetado pelo câncer. Os casos desse tipo de doença são muito raros - geralmente, se surge um tumor, ou é benigno (o mais comum é um tipo chamado mixoma) ou foi decorrente de uma metástase (quando o câncer se espalha de um ponto original para outras partes do corpo).



O câncer pode ser um fator de risco para a hipertensão?


O contrário é mais observado: os pacientes oncológicos têm maior risco de desenvolver a hipertensão após o diagnóstico ou o tratamento, principalmente se foi submetido à quimioterapia.


Isso ocorre porque alguns medicamentos podem ter, como um efeito adverso, indução ao aumento da pressão arterial, seja a partir do momento da aplicação ou até alguns meses depois. Essa não é uma das reações mais comuns da quimioterapia, que costuma causar efeitos mais temporários, como fadiga, perda de cabelo, náuseas ou diarreia.


No entanto, a depender do paciente, seu histórico cardiovascular, o tipo de medicamento quimioterápico e do câncer, pode haver o desenvolvimento da hipertensão arterial. Mesmo as pessoas chamadas normotensas, que apresentam a pressão arterial em valores normais, podem desenvolver essa condição de forma permanente, principalmente em casos de câncer nos rins ou em partes do aparelho digestivo como o estômago.



E se eu for diagnosticado com hipertensão arterial e com câncer?


Um ponto de semelhança entre as duas doenças é que, a partir do seu diagnóstico, elas precisam ser tratadas e controladas. O surgimento da hipertensão arterial não deve interromper o tratamento do câncer, assim como os medicamentos que controlam a pressão não precisam deixar de ser tomados durante a quimioterapia ou radioterapia - isso, claro, vai depender de cada caso e o especialista que acompanha o paciente é quem definirá a melhor condução clínica.

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