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Dengue e o câncer: quais os cuidados que o paciente oncológico deve ter?

Ser infectado pela dengue não vai aumentar o risco de ter algum câncer ou potencializar a doença, mas pode prejudicar a saúde do paciente oncológico. Essa pessoa está em um período sensível, no qual o foco do seu sistema imunológico deve ser justamente o tratamento contra o câncer e, por isso, pode fazer com que ele não funcione da maneira apropriada pra outras doenças.



A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, caracterizada principalmente por quadros de febre e dores musculares, articulares e de cabeça. Principalmente em épocas de chuva, os casos de infecção costumam crescer, por causa da proliferação do mosquito transmissor, o que aumenta a necessidade de atenção da sociedade como um todo e, principalmente, de pessoas que passam por um tratamento de câncer.


Ser infectado pela dengue não vai aumentar o risco de ter algum câncer ou potencializar a doença, mas pode prejudicar a saúde do paciente oncológico. Essa pessoa está em um período sensível, no qual o foco do seu sistema imunológico deve ser justamente o tratamento contra o câncer e, por isso, pode fazer com que ele não funcione da maneira apropriada pra outras doenças.


O principal objetivo do paciente oncológico deve ser evitar a contaminação pela dengue. Para isso, é preciso evitar a proliferação do Aedes aegypti, que ocorre principalmente em locais com água parada. Saiba algumas orientações importantes para combater o mosquito:


  • Remova recipientes ou poços de água parada;

  • Desobstrua calhas, ralos e lajes;

  • Vede reservatórios e caixas d´água;

  • Evite locais com água parada, como vasos de planta e pneus.


É possível também evitar que o Aedes aegypti chegue até você - caso o mosquito esteja na vizinhança e você não consiga combatê-lo diretamente. São duas ações importantes a serem tomadas:


  • Instalar telas mosqueteiras nas janelas, para evitar a passagem do mosquito;

  • Utilizar repelentes, especialmente os compostos com 20% de Icaridina, que são mais eficazes. Passe também nas partes do corpo cobertas por roupas, com um produto em formato de spray.


Como a pele do paciente oncológico pode ser mais sensível, aplique hidratantes diariamente para evitar possíveis irritações na pele. Os repelentes não causam alergia, mas caso ocorra irritações na pele, procure um médico.


Atualmente, no Brasil, está disponível uma vacina contra a dengue. No entanto, essa imunização é contraindicada para pacientes que estão em tratamento de quimioterapia ou radioterapia. A vacina só poderá ser aplicada depois de 6 meses após finalizar as sessões.


Caso o paciente oncológico contraia a dengue, deverá buscar imediatamente tratamento contra essa doença. Fique atento ao sinal mais comum da doença: febre repentina, de 39 ºC a 40 ºC, junto com uma sensação de debilitação e dores no corpo e de cabeça. Na maioria dos casos de dengue, as pessoas se recuperam, mas há o risco de a doença evoluir para estágios mais avançados, como hemorrágica, que podem prejudicar especialmente paciente oncológicos de algum tumor hematológico, como leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo.


Por isso, preste atenção a sinais que podem ser de uma dengue hemorrágica, como:


  • Dores na região da barriga;

  • Náuseas e vômitos frequentes;

  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais, como no abdômen, nos braços e nas pernas;

  • Queda abrupta da pressão arterial, principalmente ao se levantar;

  • Sensação de que vai desmaiar, mas sem perder a consciência;

  • Sangramento na mucosa;

  • Irritabilidade ou perda temporária da sensibilidade e do movimento.


Se notar a presença desses sinais, busque imediatamente um médico para uma avaliação mais precisa.

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