Linfonodos no pescoço podem ser sinal de câncer?

Os linfonodos são pequenas estruturas que fazem parte do sistema linfático, também são denominados como ínguas, caroços ou gânglios linfáticos.

A função deles é ajudar o sistema imune a funcionar corretamente, pois são eles que filtram a linfa, um fluido que transporta células imunológicas, resíduos, bactérias e outras substâncias para serem destruídos pelos linfócitos, que são as células de defesa presentes dentro dos linfonodos.

Existem cerca de 500 a 600 linfonodos espalhados pelo corpo, como nas axilas, pescoço, abdome e virilhas, com o propósito de justamente evitar que esses organismos danifiquem o corpo e se espalhem. Em algumas situações, os linfonodos podem estar mais salientes e aparentes e, a princípio, esse é um sinal de que o sistema imunológico está trabalhando. É normal isso ocorrer, por exemplo, durante um resfriado.

Assim, se ele sumiu depois de alguns dias ou permaneceu por menos de duas semanas, a tendência é que seja uma reação normal do corpo.

Linfonodos e o câncer

Agora, caso esse caroço permaneça por um período maior do que duas semanas, é importante buscar avaliação médica. Nesse caso, esse inchaço pode ser resultado de outras situações clínicas - e, em alguns casos, estar relacionado ao desenvolvimento de um tumor maligno, isto é, um câncer.

Fique atento também às seguintes manifestações do corpo:

• Se o caroço tiver mais do que 2 centímetros de diâmetro ou continuar crescendo aos poucos;

• Se o gânglio ficou duro e não é possível movê-lo;

• Se está acompanhado de outros sintomas como: febre, fadiga e perda de peso sem motivo aparente.

Esse alerta é importante porque o linfonodo inchado pode ser um importante sinal de linfoma, um câncer que acomete o sistema linfático, ou mesmo de um tumor em algum órgão que, ao chegar a um estágio avançado, atingiu os gânglios linfáticos próximos ao local de origem da doença (metástase). Um exemplo é o câncer de cabeça e pescoço, que pode comprometer os gânglios do pescoço.

A atenção aos sinais é fundamental, buscar avaliação médica também. O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento.