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Tratamento do câncer de cabeça e pescoço: o que é imunoterapia?

A imunoterapia é um tipo de tratamento do câncer que consiste no uso de medicamentos que estimulam o sistema imunológico para que ele consiga combater as células cancerígenas.


Esse conceito teve início ainda em 1881, com William Coley, um médico estadunidense que utilizou infecções por bactérias para o organismo criar mecanismos de defesas contra doenças. Mas foi somente nos últimos anos que a imunoterapia passou a ganhar força.


Atualmente, vários tipos de câncer passaram a ser tratados por imunoterapia, como pulmão, rim, bexiga, cabeça e pescoço, estômago, e melanoma (que afeta a pele). Um benefício da imunoterapia é controlar a doença de forma mais eficiente e com menos toxicidade que a quimioterapia.


Características da imunoterapia, como o medicamento e a dose, podem variar de acordo com o tipo, tamanho e localização da doença, ou se houve metástase (quando espalha para outras partes do corpo além de onde se originou). Outros fatores a serem considerados são a idade e o quadro de saúde do paciente, para analisar o risco de possíveis efeitos adversos da imunoterapia.



Quando a imunoterapia pode ser indicada para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço?


O tipo de tratamento a ser indicado para um paciente com câncer de cabeça e pescoço pode variar de acordo com o tipo do tumor e o quadro de saúde da pessoa. Na maioria dos casos, atualmente, são utilizados os métodos convencionais, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, seja de forma isolada ou em combinação com outros procedimentos.


Se detectado no estágio inicial, as chances de cura do câncer são grandes, mesmo com uma única modalidade de método, como a cirurgia ou a radioterapia. Já quando a doença está um estágio mais avançado, diversos tratamentos podem ser utilizados, pois o objetivo não é somente remover o tumor, mas também, se possível, preservar as funções das estruturas ligadas ao órgão afetado pela doença (como falar, respirar e se alimentar). Neste cenário surgem estudos com a imunoterapia, que, ao fortalecer o sistema imunológico para eliminar as células cancerígenas, pode ajudar a não ser necessário remover um tecido ou órgão do corpo que tinha a doença.



Quais os imunoterápicos indicados para o câncer de cabeça e pescoço


As opções em imunoterapia para o câncer de cabeça e pescoço cresceram nos últimos anos. Novos tratamentos trouxeram grandes resultados, especialmente nos tipos de câncer que foram desenvolvidos a partir da infecção pelo HPV (um dos principais fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço ao lado do tabagismo e do consumo de bebidas alcóolicas).


Atualmente existem três opções de imunoterápicos para o câncer de cabeça e pescoço disponíveis: pembrolizumab, dostarlimab e nivolumab. Os três medicamentos foram aprovados para casos avançados, recidivados ou metastáticos da doença, enquanto o primeiro também pode ser utilizado como tratamento inicial avançada (condição chamada de tratamento de primeira linha).


A imunoterapia pode causar reações adversas nos pacientes, como dores, inchaços, fadiga, irritação na pele, fraqueza, perda de apetite e náuseas. Os efeitos colaterais podem variar de acordo com o paciente, por isso é importante avisar ao especialista que acompanha seu caso sobre qualquer sinal dessas adversidades. É esse profissional quem decidirá se você mantém o tratamento (e cuida dessas reações) ou busca por uma alternativa.


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