O cigarro eletrônico foi lançado como uma opção ao convencional. Diante disso, será que o cigarro eletrônico faz mal a saúde? Apesar do discurso dos fabricantes, que colocavam a versão eletrônica, inclusive, como recurso para quem desejasse parar de fumar, a resposta é um grande sim, eles fazem mal a saúde.
Em 29 de agosto celebramos o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Os malefícios que o tabagismo causa à saúde são inquestionáveis. No entanto, em 2003, chegaram ao mercado os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, entre outras nomenclaturas.
Diferentemente do cigarro convencional, o eletrônico não usa fogo para ser aceso. Ele é um aparelho que aquece um líquido que se transforma em vapor e é tragado pelo usuário. O líquido, que pode ser composto por substâncias como propilenoglicol, glicerina, nicotina, entre outras, é colocado em um pequeno reservatório. A alimentação é feita por pilhas que ativam a corrente elétrica na bobina do aparelho quando o usuário aperta um botão, gerando calor que vaporiza o líquido.
Apesar do aroma, sabor e formato dos cigarros eletrônicos serem diferentes do convencional, os riscos para a saúde são os mesmos. Ambos são derivados do tabaco, portanto, há inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. O cigarro eletrônico também pode conter nicotina, substância que causa dependência.
Não por acaso, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar estão proibidos no Brasil desde 2009. Em 2024, o regulamento foi atualizado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), mantendo todas as proibições, além de reforçar a proibição de seu uso em locais coletivos, fechados, públicos ou privados, tendo em vista os riscos e impactos para a saúde pública do uso do cigarro eletrônico.
Como o cigarro eletrônico pode prejudicar a saúde
Entre os riscos para a saúde do cigarro eletrônico estão o desenvolvimento de câncer, doenças cardiorrespiratórias, cardiovasculares e hipertensão arterial. Além disso, há a doença pulmonar denominada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar, cujos sintomas são tosse, dor torácica, dispneia, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.
Da mesma forma que cigarros convencionais, o eletrônico também prejudica os fumantes passivos (que inalam a fumaça de quem fuma perto deles). A fumaça, carregada de nicotina e metais pesados, chega muito rápido ao pulmão e ao cérebro de quem está perto do fumante.
Outra preocupação em relação ao cigarro eletrônico é seu apelo entre adolescentes. O cigarro eletrônico tem design mais simples e tecnológico, sabores e cores que chamam a atenção, cheiros atraentes que atraem esse público. Por essa razão, há quem considere o cigarro eletrônico uma porta de entrada para o tabagismo.