O Papilomavírus Humano, conhecido pela sigla HPV, é o agente causador de uma IST – infecção sexualmente transmissível, e um dos responsáveis por uma série de condições e doenças que podem ser desenvolver nas pessoas, entre elas, alguns tipos de câncer.
E essa infecção pode ser prevenida com uma vacina, disponível na rede pública de saúde do Brasil. Ou seja, um imunizante que contribui para a prevenção de alguns tipos de câncer.
Diferentemente de muitas receitas "milagrosas" que falam em evitar o desenvolvimento do tumor - e que não é verdade na maioria das vezes - a vacina contra o HPV pode prevenir casos de câncer de garganta, colo de útero, pênis, vagina, ânus e vulva, ao justamente coibir a infecção causada por esse vírus.
Como pode ocorrer a infecção pelo HPV
O HPV é sexualmente transmissível - e isso se refere a todas as formas de sexo, como por exemplo o oral. E é essa prática, feita sem proteção, que pode incidir na infecção pelo vírus na região da boca e garganta e causar o câncer de cabeça e pescoço, principalmente de orofaringe.
Na literatura científica são conhecidos mais de 150 tipos de HPV, dos quais muitos são considerados inofensivos. Existem alguns tipos, como o 16 e o 18, no entanto, que são os mais comuns entre os que podem causar câncer; já o 6 e o 11 são considerados de "baixo risco", pois podem causar verrugas na região genital, mas não um tumor. Outros tipos mais raros, como o 31, 33, 45, 52 e 58, também podem causar um câncer.
Como se prevenir da infecção pelo HPV
A proteção contra o câncer causado pelo HPV pode ser feita de duas formas: seja com uso de preservativos durante a relação sexual, que não garante 100% de proteção e com a vacinação contra o HPV. No caso, a imunização protege apenas contra alguns tipos do HPV, mas entre eles está o 16 e o 18, que são os de maiores riscos para o desenvolvimento do câncer, além do 6 e 11.
A melhor forma de se prevenir desse vírus é ser imunizado antes de iniciar a atividade sexual. No Brasil, a vacina contra HPV está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser tomada também em clínicas particulares. Segundo o Ministério da Saúde, a imunização é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Outros grupos também devem tomar a vacina: homens e mulheres de até 45 anos e que portam o vírus HIV; pessoas transplantadas de órgãos ou medula óssea; pacientes oncológicos que passam por sessões de quimioterapia e radioterapia.