O câncer nas glândulas salivares é um dos tipos mais raros de tumores na cabeça e pescoço - corresponde a cerca de 3% dos casos. No entanto, há informações importantes que precisam ser conhecidas sobre a doença.

O diagnóstico do câncer nas glândulas salivares deve ser preciso, para que se torne o primeiro passo para um tratamento bem-sucedido. Outro ponto de atenção é que, se a detecção for precoce, as chances de sucesso no tratamento aumentam consideravelmente.
Quando a pessoa tem um tumor nas glândulas salivares, alguns sinais podem aparecer, como nódulo ou inchaço adiante da orelha ou embaixo da mandíbula ou ainda na boca, dor no rosto, dificuldades para abrir a boca ou para engolir alimentos. É importante ressaltar que esses sintomas não confirmam o diagnóstico de um câncer nas glândulas salivares, mas sim de que devem ser investigados. Por isso, quando essas condições permanecem por mais de duas semanas, é preciso buscar a avaliação médica.
Como é o início da análise de um especialista para investigar um câncer nas glândulas salivares?
O primeiro passo pode ser a realização de exames clínicos e ultrassonografia. Esses exames não servem para diagnosticar o câncer nas glândulas salivares, mas sim para o médico verificar se há suspeitas.
A partir do momento em que há suspeitas, a análise médica deverá prosseguir com outras técnicas diagnósticas. Um exemplo são os exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética), que podem auxiliar a localizar a suspeita de um câncer e mostrar se houve metástase (se o câncer se espalhou para gânglios linfáticos ou outro órgão). Em seguida, o exame fundamental para confirmação diagnóstica é a punção biópsia com agulha fina.
Essas análises são importantes também em outro momento: quando já há a confirmação de um câncer nas glândulas salivares. Nesse caso, elas são feitas para ajudar no planejamento da cirurgia ou determinar o estágio do câncer (se está no início ou mais avançado). Além disso, durante o tratamento, os exames de imagem podem ser utilizados para monitorar a resposta terapêutica, isto é, a evolução da doença.
Como é confirmado o diagnóstico de câncer nas glândulas salivares
Caso a suspeita da doença esteja bastante evidente para o médico, ele vai solicitar ou realizar uma biópsia, a única forma de diagnosticar o câncer nas glândulas salivares de forma conclusiva. Este procedimento é feito a partir da remoção de um tecido suspeito, que será analisado em laboratório por um microscópio. O laudo anatomopatológico é que confirmará a presença ou não do tumor.
Há diferentes formas de se retirar esse tecido para examinar. Nos casos de câncer nas glândulas salivares, pode ser utilizada a biópsia por agulha fina (PAAF) guiada por imagem, no qual o médico utiliza o ultrassom ou a tomografia computadorizada para guiar uma agulha até o local suspeito de câncer. A biópsia também pode ser feita durante uma endoscopia, ou com uma incisão direto na região no caso de tumores da boca ou garganta.
Após a realização da biópsia, se houver o diagnóstico de um câncer nas glândulas salivares, o paciente será encaminhado para realizar o tratamento. Essa etapa só deve ser iniciada após a confirmação da presença do tumor e de qual o seu estágio. Caso ela ocorra nos estágios iniciais do câncer, as chances de sucesso no tratamento podem ser maiores que 90%.